A PELE

A pele é o maior órgão do corpo humano

A pele é o órgão que envolve o corpo determinando seu limite com o meio externo. Corresponde a 16% do peso corporal e exerce diversas funções, como: regulação térmica, defesa orgânica, controle do fluxo sanguíneo, proteção contra diversos agentes do meio ambiente e funções sensoriais (calor, frio, pressão, dor e tato). A pele é um órgão vital e, sem ela, a sobrevivência seria impossível.

É formada por três camadas: epiderme, derme e hipoderme, da mais externa para a mais profunda, respectivamente.

A epiderme, camada mais externa da pele, é constituída por células epiteliais (queratinócitos) com disposição semelhante a uma "parede de tijolos". Estas células são produzidas na camada mais inferior da epiderme (camada basal ou germinativa) e em sua evolução em direção à superfície sofrem processo de queratinização ou corneificação, que dá origem à camada córnea, composta basicamente de queratina, uma proteína responsável pela impermeabilização da pele. A renovação celular constante da epiderme faz com que as células da camada córnea sejam gradativamente eliminadas e substituídas por outras.

Além dos queratinócitos encontram-se também na epiderme: os melanócitos, que produzem o pigmento que dá cor à pele (melanina) e células de defesa imunológica (células de Langerhans).


A epiderme dá origem aos anexos cutâneos: unhas, pêlos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas. A abertura dos folículos pilossebáceos (pêlo + glândula sebácea) e das glândulas sudoríparas na pele formam os orifícios conhecidos como poros.

  • As unhas são formadas por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura, confere proteção à extremidade dos dedos das mãos e pés.
  • Os pêlos existem por quase toda a superfície cutânea, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés. Podem ser minúsculos e finos (lanugos) ou grossos e fortes (terminais). No couro cabeludo, os cabelos são cerca de 100 a 150 mil fios e seguem um ciclo de renovação no qual aproximadamente 70 a 100 fios caem por dia para mais tarde darem origem a novos pêlos.
    Este ciclo de renovação apresenta 3 fases: anágena (fase de crescimento) - dura cerca de 2 a 5 anos, catágena (fase de interrupção do crescimento) - dura cerca de 3 semanas e telógena (fase de queda) - dura cerca de 3 a 4 meses.
  • As glândulas sudoríparas produzem o suor e têm grande importância na regulação da temperatura corporal. São de dois tipos: as écrinas, que são mais numerosas, existindo por todo o corpo e produzem o suor eliminando-o diretamente na pele. E as apócrinas, existentes principalmente nas axilas, regiões genitais e ao redor dos mamilos. São as responsáveis pelo odor característico do suor, quando a sua secreção sofre decomposição por bactérias.
  • As glândulas sebáceas produzem a oleosidade ou o sebo da pele. Mais numerosas e maiores na face, couro cabeludo e porção superior do tronco, não existem nas palmas das mãos e plantas dos pés. Estas glândulas eliminam sua secreção no folículo pilo-sebáceo.

A derme, camada localizada entre a epiderme e a hipoderme, é responsável pela resistência e elasticidade da pele. É constituida por tecido conjuntivo (fibras colágenas e elásticas envoltas por substância fundamental), vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas. Os folículos pilossebáceos e glândulas sudoríparas, originadas na epiderme, também localizam-se na derme.

A faixa na qual a epiderme e a derme se unem é chamada de junção dermo-epidérmica. Nesta área, a epiderme se projeta em forma de dedos na direção da derme, formando as cristas epidérmicas. Estas aumentam a superfície de contato entre as 2 camadas, facilitando a nutrição das células epidérmicas pelos vasos sanguíneos da derme.

A hipoderme, também chamada de tecido celular subcutâneo, é a porção mais profunda da pele. É composta por feixes de tecido conjuntivo que envolvem células gordurosas (adipócitos) e formam lobos de gordura. Sua estrutura fornece proteção contra traumas físicos, além de ser um depósito de calorias.

Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/pelenormal.shtml

DOENÇAS DE PELE

Alopécia Areata

O que é?

A alopécia areata, conhecida vulgarmente como "pelada", é uma doença de causa desconhecida que atinge igualmente homens e mulheres, caracterizando-se pela queda repentina dos pêlos nas áreas afetadas, sem alteração da superfície cutânea.

Entre as possíveis causas, estão uma predisposição genética que seria estimulada por fatores desencadeantes, como o estresse emocional e fenômenos auto-imunes.

Manifestações clínicas

A doença se caracteriza pela queda repentina dos pêlos formando placas circulares de alopécia ("pelada"), sem alteração da pele no local, que se apresenta sem qualquer sinal inflamatório. Pode atingir o couro cabeludo e também outras regiões como a área da barba, supercílios, cílios ou qualquer outra região pilosa
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A "pelada" pode ter remissão espontânea ou tornar-se crônica, com o surgimento de novas lesões e evolução para a alopécia total, que atinge todo o couro cabeludo e até mesmo para a alopécia universal, quando caem todos os pêlos do corpo. Estes casos são de controle mais difícil.

Geralmente, a doença não se acompanha de nenhum outro sintoma. A repilação pode ocorrer totalmente em semanas ou meses e, algumas vezes, os pêlos nascem brancos para depois repigmentarem. É comum ocorrer a recidiva das lesões.

Tratamento

São vários os tratamentos utilizados na alopécia areata e a característica clínica de cada caso é que determinará qual deles deve ser utilizado. As medicações utilizadas podem ser de uso local ou sistêmico e a duração do tratamento vai depender da resposta de cada paciente. O diagnóstico e o tratamento da alopécia areata deve ser feito por um médico dermatologista.

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/areata.shtml

CISTOS ("cistos sebáceos")

O que é?

Conhecidos popularmente por "cistos sebáceos", os cistos encontrados com maior frequência são os epidérmicos e os triquilemais. O conteúdo de ambos não é sebo e sim queratina, a substância que forma a camada mais superficial da pele.

Os cistos epidérmicos são os mais frequentes e resultam da proliferação de células da epiderme dentro da derme, o que pode ser devido a uma tendência genética. O milium é um micro cisto epidérmico, de localização mais superficial.

Os cistos triquilemais ou cistos pilares são menos frequentes e se originam do folículo piloso, ocorrendo principalmente no couro cabeludo. Antigamente eram chamados de cistos sebáceos.

Manifestações clínicas

As lesões são esféricas, geralmente móveis, indolores, de consistência elástica ou endurecida. Podem variar de pequenos cistos (menores de 1cm) até lesões com vários centímetros de tamanho. A cabeça, pescoço e tronco são as regiões mais afetadas. Pode haver um ponto central, escuro, da abertura de um folículo piloso.

Os cistos são assintomáticos mas, se localizados sobre extremidades ósseas do tronco ou no couro cabeludo, podem causar incômodo ao deitar ou se encostar.

Em caso de inflamação secundária por ruptura da cápsula e/ou infecção, o cisto torna-se avermelhado, quente e doloroso.

Milium: são pequeninas lesões amareladas ou esbranquiçadas, superficiais, localizadas frequentemente na face e, principalmente, ao redor dos olhos. Em alguns casos o milium pode atingir tamanhos maiores, como na foto abaixo. Pode surgir também em cicatrizes ou após a dermoabrasão (procedimento no qual é feito um lixamento da pele).

Tratamento

O tratamento dos cistos é cirúrgico. Dependendo do tamanho, tipo e localização da lesão, o procedimento poder ser apenas a incisão, drenagem do conteúdo do cisto e destruição da cápsula com cáusticos.

O mais recomendado é a retirada completa do cisto incluindo a sua cápsula (excisão e sutura). A permanência da cápsula, ou de um fragmento desta, pode ser responsável pelo retorno da lesão.

Deve-se evitar espremer os cistos, pois isso pode provocar a ruptura de sua cápsula e eliminação de seu conteúdo dentro da pele, o que causa inflamação intensa no local. Cistos inflamados devem ser tratados com anti-inflamatórios e antibióticos, de acordo com cada caso.

O milium pode ser destruído com a aplicação de determinados ácidos pelo dermatologista ou através de uma micro incisão para a retirada do seu conteúdo.

FONTE:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/cistos.shtml

Envelhecimento cutâneo

O conceito de beleza atualmente em vigor e procurado pela grande maioria das pessoas é o da pele jovem, sem manchas ou rugas. Entretanto, com o avanço da idade, a pele começa a sofrer alterações que modificarão seu aspecto gradativamente caracterizando o envelhecimento cutâneo.

Mas por que com a idade a pele transforma-se dando origem ao surgimento de manchas, rugas e ao aspecto de pele "sem viço" ? O motivo de tal transformação são as alterações decorrentes do envelhecimento intrínseco e extrínseco da pele.

O envelhecimento intrínseco é decorrente do desgaste natural do organismo, causado pelo passar dos anos, sem a interferência de agentes externos e equivale ao envelhecimento de todos os órgãos, inclusive a pele. A aparência é a da pele idosa encontrada na face interna do braço, próxima à axila. É uma pele fina, com pouca elasticidade, mais flácida e apresentando finas rugas, porém sem manchas ou alterações da sua superfície.

O envelhecimento extrínseco, ou fotoenvelhecimento é aquele decorrente do efeito da radiação ultra-violeta do sol sobre a pele durante toda a vida. O sol, que propicia momentos de lazer e que dá o bronzeado que aprendemos a considerar como modelo de saúde e beleza, é também o principal responsável pelo envelhecimento cutâneo, pois é a sua ação acumulativa sobre a pele que faz surgirem os sinais da pele envelhecida.

Veja, na foto desta senhora, abaixo, a diferença entre a pele do dorso das mãos, área continuamente exposta ao sol e a pele das coxas, sempre protegida por suas roupas. Apesar das regiões terem a mesma idade, a pele das mãos tem aspecto envelhecido e a das coxas não. Isto demonstra bem a importância da exposição da pele ao sol para o seu envelhecimento.

Envelhecimento intrínseco x extrínseco

A pele fotoenvelhecida tem como características a perda da elasticidade, manchas escuras ou claras, rugas finas e profundas e a alteração da superfície da pele, que pode se apresentar mais áspera, ressecada e descamativa. Além disso surgem as ceratoses solares, lesões que atingem a camada mais superficial da pele formando "crostas" e que, eventualmente, podem transformar-se em um câncer da pele.

Queimaduras solares X envelhecimento e câncer da pele

Durante toda a vida e, principalmente na infância e na adolescência, as exposições repetidas ao sol exercem efeito sobre a pele de forma acumulativa. O dano causado só se manifestará com o passar dos anos. Mesmo naqueles que não frequentam praias, o efeito da exposição diária da pele ao sol vai aparecer no futuro, trazendo todas as características da pele "fotoenvelhecida".

Enquanto somos jovens, a pele possui mecanismos que corrigem o dano solar, não permitindo o surgimento das alterações causadas pelo sol. No entanto, o efeito se acumula e mais tarde os mecanismos de defesa não conseguem mais reverter o mal causado à pele. É quando começam a aparecer os sinais do envelhecimento. É fácil perceber a ação do sol no envelhecimento cutâneo comparando-se a pele da face, do colo ou do dorso dos braços, que recebem maior exposição solar, com a pele da axila, que fica escondida do sol.

Além de causar o envelhecimento cutâneo, as queimaduras solares repetidas e frequentes deixam a pele mais predisposta ao surgimento do câncer, especialmente em indivíduos de pele clara (fototipos I e II). A radiação ultravioleta do sol, além de alterar o código genético das células, inibe mecanismos de defesa que nos protegem contra o câncer da pele. Algumas das características do envelhecimento cutâneo, como as "casquinhas" e "asperezas" que aparecem com a idade, são lesões que podem vir a se transfomar futuramente em um câncer da pele e devem ser tratadas.

Como prevenir o fotoenvelhecimento?

A principal forma de prevenir o envelhecimento da pele é a proteção solar, que deve ser iniciada na infância. A responsabilidade da proteção da pele das crianças é dos pais, que devem também estimular fortemente os adolescentes a se protegerem. A educação desde cedo cria o hábito saudável da proteção solar, que deve continuar por toda a vida, prevenindo o envelhecimento cutâneo e o surgimento do câncer da pele.

Queimadura solar

Tomando-se certos cuidados, os efeitos danosos do sol podem ser atenuados. Veja como proteger sua pele da radiação solar:

  • use diariamente protetores solares, com FPS 15 ou maior, nas áreas de pele continuamente expostas ao sol e que mais envelhecem, como a face, pescoço, colo, braços e mãos.
  • para o dia a dia, dê preferência aos filtros solares "oil free" que são mais agradáveis de se usar pois não deixam a pele gordurosa.
  • use sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 15, aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e sempre reaplicando-o após mergulhar ou transpiração excessiva.
  • a duração da ação de um filtro solar é de cerca de 2 horas. Após este período deve ser reaplicado.
    use chapéu e guarda-sol quando for à praia. Ainda assim, use o filtro solar pois parte da radiação ultra-violeta reflete-se na areia atingindo a sua pele.
  • evite o sol no período entre 10 e 15 horas.

Estas recomendações são especialmente importantes para as pessoas de pele clara, as quais devem evitar qualquer tipo de exposição ao sol sem proteção.

Como melhorar a pele fotoenvelhecida?

Para aquelas pessoas que já sofreram a ação do sol e apresentam os sinais do envelhecimento cutâneo, além da proteção solar, o uso de algumas substâncias na forma de cremes, loções ou géis, podem a médio ou longo prazo reverter alguns dos efeitos do fotoenvelhecimento. Produtos contendo ácido retinóico, adapaleno, ácido glicólico ou outros alfahidroxiácidos são utilizados para melhorar o aspecto da pele envelhecida, aumentando sua hidratação, corrigindo alterações de superfície, atenuando as manchas e melhorando a sua elasticidade.

Os melhores resultados são obtidos com os produtos a base de ácido retinóico. Esta substância atua na pele estimulando a renovação celular de sua camada mais externa (epiderme) e reestruturando o colágeno e as fibras elásticas de sua camada média (derme). O efeito a longo prazo, é o de uma pele com superfície mais viçosa, lisa e hidratada, clareamento das manchas, atenuação das rugas finas e melhora da elasticidade. A pele adquire o aspecto de "rejuvenescida".

No entanto, estas substâncias devem ser utilizadas com cautela, pois podem acarretar efeitos colaterais se usadas de forma errada. Antes de iniciar um tratamento, deve ser feita uma avaliação da pele por um médico dermatologista, que é o profissional capacitado para indicar o tipo de produto e a concentração mais apropriada para cada pessoa, de acordo com o seu tipo de pele e grau de comprometimento.

Os melhores resultados são obtidos após cerca de 1 ano e meio de tratamento, apesar de sinais de melhora já poderem ser percebidos desde os primeiros meses. O tratamento deve ser mantido ao longo dos anos para a permanência dos resultados, pois os efeitos do dano solar acumulado durante a vida continuarão a ser exercidos e a interrupção do tratamento permitirá que voltem a se manifestar.

Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista

FONTE:http://www.dermatologia.net/novo/base/estetica/est_fotoenv.shtml

FOLICULITE

Foliculite

O que é?

Infecção dos folículos pilosos causadas por bactérias do tipo estafilococos. A invasão bacteriana pode ocorrer espontaneamente ou favorecida pelo excesso de umidade ou suor, raspagem dos pelos ou depilação.

Atinge crianças e adultos podendo surgir em qualquer localização onde existam pelos, sendo frequente na área da barba (homens) e na virilha (mulheres).

Manifestações clínicas

Quando superficial, a foliculite caracteriza-se pela formação de pequenas pústulas ("bolhinhas de pus") centradas por pelo com discreta vermelhidão ao redor. Alguns casos não apresentam pus, aparecendo apenas vermilhidão ao redor dos pelos. Quando as lesões são mais profundas, formam-se lesões elevadas e avermelhadas que podem ter ponto amarelo (pus) no centro. Pode haver dor e coceira no local afetado.

foliculite

Alguns tipos de foliculite tem características próprias:

  • Foliculite decalvante: neste caso o processo infeccioso leva à atrofia do pelo, deixando áreas de alopécia que se expandem com a progressão periférica da doença.

foliculite decalvante

  • Foliculite da barba: localizada na área da barba, atinge homens adultos, tem característica crônica e, pela proximidade das lesões, pode formar placas avermelhadas, inflamatórias, com inúmeras pústulas e crostas.

  • Foliculite queloideana da nuca: comum em homens jovens afrodescendentes, formando lesões agrupadas que ao cicatrizar deixam cicatrizes endurecidas e queloideanas na região da nuca. Saiba mais...

  • Periporite supurativa: atinge as crianças pequenas e geralmente segue-se à miliária, com pústulas superficiais ou nódulos inflamatórios que acabam por drenar secreção purulenta.

Tratamento

O tratamento é feito com antibióticos de uso local ou sistêmico específicos para a bactéria causadora e cuidados antissépticos, além de evitar fatores predisponentes, como a depilação.

Algumas lesões podem necessitar de drenagem cirúrgica. O dermatologista é o médico mais indicado para o correto diagnóstico e tratamento das foliculites.

Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/foliculite.shtml

FURÚNCULO

O que é?

Infecção bacteriana da pele que provoca a necrose (destruição) do folículo pilosebáceo. É causada pela bactéria estafilococos.

Manifestações clínicas

A lesão inicia-se por um nódulo muito doloroso, vermelho, inflamatório, endurecido e quente, centrado por um pêlo, onde pode aparecer pequeno ponto de pus.

Com a evolução do quadro, ocorre o rompimento do nódulo e a eliminação de pus e de uma massa esbranquiçada, popularmente conhecida como "carnegão", formando uma ferida ulcerada que, ao cicatrizar, pode deixar uma mancha escura no local.

As lesões são mais frequentes em áreas de dobras da pele, sendo muito comuns nas nádegas e virilhas, mas podem surgir em outros lugares como o abdômen e as coxas.

Quando ocorrem repetidamente, a doença recebe o nome de furunculose e está associada à uma deficiência do organismo em evitar a infecção do folículo. Quando várias lesões surgem simultaneamente, próximas e interligadas, o quadro recebe o nome de antraz, ocorrência mais comum na região da nuca.

Tratamento

O tratamento é feito com antibióticos locais e sistêmicos. Nos casos muito dolorosos e com superfície amolecida, pode ser feita a drenagem da lesão, com alívio imediato da dor.

Quando ocorre a furunculose, deve-se pesquisar e evitar o que está favorecendo o surgimento das lesões e estimular a imunidade do indivíduo a combater a infecção. O médico dermatologista é o profissional indicado para o tratamento dos furúnculos e da furunculose.

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/furunculo.shtml

GONORREIA OU BLENORRAGIA

Gonorréia ou blenorragia

O que é?

A gonorréia é a mais comum das doenças sexualmente transmissíveis (DST), provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Também é conhecida pelo nome de blenorragia, pingadeira ou esquentamento.

A principal forma de transmissão da gonorréia é por meio de relação sexual com pessoa infectada, seja essa relação oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo. Mesmo sem apresentar sintomas, as mulheres contaminadas transmitem a bactéria causadora da doença.

Pode ocorrer também, durante o parto, transmissão da mãe contaminada para o bebê. Caso esse tipo de transmissão aconteça, corre-se o risco de o bebê ter os olhos gravemente afetados, podendo levar à cegueira.

Manifestações clínicas

Nos homens, a gonorréia atinge a uretra (canal por onde sai a urina) e nas mulheres, essa doença atinge principalmente o colo do útero.

Entre dois e oito dias após relação sexual desprotegida, a pessoa passa a sentir ardência, dor e dificuldade para urinar. Às vezes, pode-se notar um corrimento amarelado ou esverdeado e, algumas vezes, até mesmo com sangue, que sai pelo canal da urina, no homem, e pela vagina, na mulher.

Caso não seja tratada, a gonorréia pode provocar esterilidade, atacar o sistema nervoso (causando meningite), afetar os ossos e o coração.

Tratamento

Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de prevenir-se contra a gonorréia é fazer uso do preservativo em todas as relações sexuais.

A gonorréia é tratada com medicamentos antibióticos específicos para a doença, que devem ser indicados pelo médico após o correto diagnóstico.

É importante ressaltar que corrimentos são muito comuns em mulheres. Portanto, sua ocorrência não significa, necessariamente, sinal de DST. Em caso de corrimento vaginal, o médico poderá fazer o correto diagnóstico e indicação de tratamento adequado.

Fonte: Ministério da Saúde, DST-AIDS .

http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/gonorreia.shtml


GRANULOMA ANULAR

O que é?

Doença inflamatória, de causa desconhecida, que leva à degeneração do tecido colágeno. Acredita-se que pode ser devida a uma reação imune do organismo a diversos agentes.

É mais frequente em crianças e mulheres jovens e pode estar relacionada ao diabetes, principalmente no caso de lesões disseminadas.

Manifestações clínicas

O granuloma anular é caracterizado por lesões elevadas, da cor da pele ou levemente rosadas que vão aumentando de tamanho e ganhando aspecto em anel, daí o nome anular. Estes anéis podem ser pequenos ou chegar a vários centímetros de tamanho, e as lesões podem ser únicas ou múltiplas.

Nem sempre o aspecto é em anel, as lesões podem aparecer como pequenos pontos elevados. Em alguns casos elas se disseminam por todo o corpo. As localizações mais frequentes são o dorso das mãos e dos pés, mas pode atingir qualquer região.

É raro ocorrerem sintomas associados, podendo haver prurido (coceira) discreto. O diagnóstico pode ser confirmado pela biópsia. Um fenômeno interessante é que a lesão biopsiada pode sofrer regressão espontânea após o procedimento.

Tratamento

O granuloma anular pode regredir espontaneamente em alguns meses a dois anos ou mais, dependendo da extensão do quadro. O tratamento é feito com corticosteróides intra-lesionais ou aplicados sobre a lesão, com ou sem oclusão e deve ser determinado pelo médico dermatologista. Em casos mais extensos, medicações por via oral podem ser necessárias.

Baseado na regressão espontânea após a biópsia, a realização de puncturas nas lesões também pode levar ao seu desaparecimento, assim como a crioterapia com nitrogênio líquido.

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/gran_anular.shtml

GRANULOMA PIOGÊNICO

O que é?

Popularmente conhecido como "carne esponjosa", o granuloma piogênico é uma proliferação de vasos sanguíneos que forma uma lesão tumoral secundária a um traumatismo, como os provocados pelos alicates das manicures ou por uma unha encravada, sendo o canto das unhas a sua localização mais comum.

Manifestações clínicas

Frequentemente localizado nos dedos, o granuloma piogênico caracteriza-se por uma lesão tumoral, avermelhada ou arroxeada, úmida, de consistência mole e que sangra facilmente aos pequenos traumatismos.

O seu crescimento é rápido e o sangramento pode dar origem à formação de crostas escuras sobre a lesão. Geralmente acompanha-se de processo inflamatório local, com vermelhidão, inchaço e dor na pele ao redor da lesão.


Mais fotos de granuloma piogênico

Tratamento

O tratamento depende do tamanho da lesão. Lesões pequenas podem ser tratadas pela cauterização química. Lesões maiores devem ser tratadas pela eletrocoagulação, após anestesia local.

No caso das unhas encravadas serem o fator desencadeante do granuloma, estas devem ser tratadas. Embora produza alívio temporário, cortar os cantos das unhas só agrava a situação. O ideal é cortar as unhas de forma reta, deixando as suas pontas sairem pelos cantos, por sobre a pele. Muitas vezes é necessário que procedimentos como a cauterização química do granuloma piogênico e colocação de "calços" sob as unhas para permitir a saída das pontas encravadas sejam realizados por um dermatologista ou profissional indicado por este.

Antibióticos tópicos ou sistêmicos podem ser utilizados em casos de infecção ou inflamação intensa. Casos mais graves podem necessitar de cirurgia para correção da unha encravada, acompanhada de destruição da matriz da unha, de forma química ou cirúrgica.

Em todos os casos, o tratamento deve ser feito ou coordenado pelo médico dermatologista.

HNASENÍASE

O que é?

A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.

A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância do exame dos familiares do doente de hanseníase.

A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos.

Manifestações clínicas

As formas de manifestação da hanseníase dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo causador da doença. Esta resposta pode ser verificada através do teste de Mitsuda, que não dá o diagnóstico da doença, apenas avalia a resistência do indivíduo ao bacilo. Um resultado positivo significa boa defesa, um resultado negativo, ausência de defesa e um resultado duvidoso, defesa intermediária. Temos então, as seguintes formas clínicas da doença:

  • Hanseníase indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças.
  • Hanseníase tuberculóide: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
  • Hanseníase borderline (ou dimorfa): forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso.
  • Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa): nestes casos a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). Órgãos internos também são acometidos pela doença.

A hanseníase pode apresentar períodos de alterações imunes, os estados reacionais. Na hanseníase borderline, as lesões tornam-se avermelhadas e os nervos inflamados e doloridos. Na forma virchowiana, surge o eritema nodoso hansênico: lesões nodulares, endurecidas e dolorosas nas pernas, braços e face, que se acompanham de febre, mal-estar, queda do estado geral e inflamação de órgãos internos. Estas reações podem ocorrer mesmo em pacientes que já terminaram o tratamento, o que não significa que a doença não foi curada.

Tratamento

A hanseníase tem cura. O tratamento da hanseníase no Brasil é feito nos Centros Municipais de Saúde (Postos de Saúde) e os medicamentos são fornecidos gratuitamente aos pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento.

A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença: 6 meses para as formas mais brandas e 12 meses para as formas mais graves.

FONTE http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/hanseniase.shtml

HERPES GENITAL

O que é?

O herpes é uma infecção causada pelo vírus do herpes simples, do qual existem o tipo 1 e o tipo 2. Além da região genital, o vírus pode infectar o ânus, as nádegas, a parte superior das coxas, a boca, os lábios ou a face.

O vírus invade o organismo humano frequentemente através de um ferimento na pele ou pela mucosa da boca e da área genital. Uma vez dentro da célula, o vírus usa o material da célula do hospedeiro para se reproduzir. Neste processo, a célula é destruída. A destruição da célula é responsável pelos sinais e sintomas característicos do episódio de herpes. Periodicamente, o vírus pode sofrer reativação, provocando novamente os sintomas da doença.

Locais da Infecção

Nas mulheres, as áreas genitais mais comumente acometidas são a vulva e a entrada da vagina. O colo do útero também pode ser atingido. Nos homens, as áreas mais atingidas são a glande (cabeça do pênis), o prepúcio (pele que recobre a glande) e o corpo do pênis. Tanto homens como mulheres podem apresentar também lesões na região ao redor do ânus, nas nádegas e virilhas.

Infecção inicial

Em geral, os sintomas da infecção inicial são mais intensos do que os das reativações virais porque o organismo ainda não foi exposto ao vírus para desenvolver anticorpos. O episódio inicial pode durar mais de 20 dias e até ser acompanhado de sintomas gerais, como febre e aumento dos gânglios próximos à infecção (íngua), além das lesões típicas do herpes.

Na maioria das pessoas, os primeiros sinais da doença são observados entre 2 e 12 dias após a exposição ao vírus. Os sintomas podem começar com formigamento, coceira, queimação ou dor, seguidos do surgimento de uma mancha avermelhada e dolorosa. Em um dia ou dois, sobre a mancha, aparecem vesículas (pequenas bolhas) com líquido claro ou amarelo-esbranquiçado.

As bolhas rompem-se rapidamente deixando feridas dolorosas que evoluem para a cicatrização em cerca de 7 a 10 dias. Em alguns casos, as bolhas rompem-se tão rápido que nem chegam a ser notadas e são percebidas apenas as feridas.

As reativações

Uma vez no organismo, seguindo através de um nervo da área afetada, o vírus do herpes genital se instala num gânglio nervoso, próximo à coluna vertebral, onde permanece em estado latente. Após o surto inicial, a pessoa acometida pela doença pode desenvolver anticorpos que mantém a infecção inativa indefinidamente e nunca chegam a apresentar uma reativação.

Outras pessoas, em certos momentos, apresentam novos surtos da infecção, que representam uma reativação viral. Os sintomas das reativações são em geral mais brandos que os da infecção inicial. Também costumam apresentar sintomas de formigamento, ardência, coceira ou dor antes do surgimento das lesões, caracterizadas pela vermelhidão e pequenas bolhas que se rompem deixando as feridas que cicatrizarão em cerca de 7 a 10 dias.

Reativações frequentes acometem uma minoria de pessoas que podem apresentar até 2 surtos a cada mês, o que traz um grande incômodo e transtorno.

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/herpesgenital.shtml

HERPES (HERPES SIMPLES, HERPES LABIAL)

O que é?

O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex virus. O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no organismo de forma latente, até que venha a ser reativado.

A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores desencadeantes, tais como: exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica.

Algumas pessoas tem maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes. Outras, mesmo em contato com o vírus, nunca apresentam a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.

Manifestações clínicas

As localizações mais frequentes são os lábios e a região genital, mas o herpes pode aparecer em qualquer lugar da pele. Uma vez reativado, o herpes se apresenta da seguinte forma:

  • inicialmente pode haver coceira e ardência no local onde surgirão as lesões.
  • a seguir, formam-se pequenas bolhas agrupadas como num buquê sobre área avermelhada e inchada.
  • as bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença.
  • a ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização.
  • a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias.


Mais fotos de herpes

Tratamento

Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um surto de herpes:

  • o tratamento deve ser iniciado tão logo comecem os primeiros sintomas, assim o surto deverá ser de menor intensidade e duração;
  • evite furar as vesículas;
  • evite beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de crianças se a localização for labial;
  • evite relações sexuais se for de localização genital;
  • lave sempre bem as mãos após manipular as feridas pois a virose pode ser transmitida para outros locais de seu próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e genital.

O tratamento deve ser orientado pelo seu médico dermatologista. É ele quem pode determinar os medicamentos mais indicados para o seu caso que, dependendo da intensidade, podem ser de uso local (na forma de cremes ou soluções) ou de uso via oral, na forma de comprimidos.

Quando as recidivas do herpes forem muito frequentes, a imunidade deve ser estimulada para combater o vírus. Os fenômenos desencadeantes devem ser evitados, procurando-se levar uma vida o mais saudável possível.

A eficácia das vacinas contra o herpes são muito discutidas, mostrando bons resultados em alguns pacientes mas nenhum resultado em outros.

Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista

FONTE:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/herpeslabial.shtml

HIPERIDROSE

O que é?

A hiperidrose é a produção excessiva de suor pelas glândulas sudoríparas. Entre suas causas estão os estímulos emocionais (hiperidrose emocional) ou uma maior sensibilidade dos centros reguladores de temperatura, pois a sudorese está diretamente ligada ao controle da temperatura corporal. Além disso, algumas doenças metabólicas ou lesões neurológicas também podem dar origem ao quadro.

Manifestações clínicas

As áreas mais atingidas são as axilas, palmas das mãos, plantas dos pés, região inguinal e perineal, com grande eliminação de suor, que não tem cheiro desagradável.

Na hiperidrose emocional, a sudorese aumenta em situações de desconforto ou tensão emocional, sendo as palmas das mãos e plantas dos pés os locais mais frequentemente atingidos. O incômodo causado pela sudorese excessiva pode trazer ainda mais tensão ao paciente, piorando seu quadro e trazendo dificuldades de relacionamento ou, até mesmo, profissionais.

Na fase escolar, crianças acometidas podem ter sérios problemas para fazer provas, pois o suor das mãos embebe o papel, impedindo a escrita.

Quando a sudorese excessiva surge durante exercício físico ou devido ao calor, a hiperidrose costuma ser generalizada e não tem relação com situações de stress emocional.

Tratamento

O tratamento é feito com medicações de uso local que visam diminuir a secreção sudorípara ou através da utilização de aparelhos para iontoforese. Medicações via oral podem interferir no funcionamento cardio-vascular, e seu uso exige cuidados específicos. Nos casos de hiperidrose emocional, o apoio psicológico pode ajudar bastante, sendo, em algumas situações graves, indicado o uso de tranquilizantes.

A toxina botulínica surge como uma boa opção terapêutica, interrompendo a secreção sudoral na área tratada por períodos que variam entre 6 a 8 meses. Alguns pacientes referem resultados por 12 meses.

Casos graves de hiperidrose axilar podem ser tratados cirurgicamente, com a remoção das glândulas sudoríparas ou através da simpatectomia, quando os nervos responsáveis pelo estímulo à sudorese são cortados.

FONTE:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/hiperidrose.shtml

Hiperpigmentação pós-inflamatória

O que é?

A hiperpigmentação pós-inflamatória é um problema frequentemente encontrado e representa uma sequela de diversos processos que afetam a pele, como doenças, feridas ou procedimentos terapêuticos, entre eles: infecções, reações alérgicas, traumas físicos, queimaduras ou doenças inflamatórias como o lupus ou o liquen plano.

O escurecimento da pele é decorrente do processo inflamatório, que altera a atividade dos melanócitos (células que produzem a melanina, pigmento que dá cor à pele) que aumentam a produção da melanina e a sua distribuição para as células da epiderme. Também pode ocorrer quando a inflamação rompe a camada mais inferior da epiderme e o pigmento se deposita na segunda camada da pele, a derme.

Manifestações clínicas

A doença se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras ou acastanhadas onde originalmente ocorreu alguma inflamação da pele. A coloração varia de marrom claro a negro.

Hiperpigmentação após aplicação de laser para depilação

Mais fotos de hiperpigmentação pós-inflamatória

Tratamento

O tratamento é feito com o uso de substâncias despigmentantes, aplicadas na pele sob a forma cremes, géis ou loções. A associação dos despigmentantes com alguns tipos de ácidos e corticosteróides geralmente aumenta a eficácia daqueles.

Peelings superficiais podem acelerar o processo facilitando a penetração dos despigmentantes e ajudando a remover o pigmento das camadas superiores da pele. A combinação de tratamentos tópicos, peelings e uso de proteção solar tende a obter os melhores resultados.

Quando o pigmento se localiza mais profundamente, na derme, a melhora é mais difícil, exigindo persistência para se obter um bom resultado que, às vezes, pode ser limitado.

Hiperpigmentação pós trauma antes e depois: melhora parcial

Os resultados dos tratamentos variam de pessoa para pessoa, dependendo da resposta individual a cada tipo de tratamento, assim como os medicamentos mais indicados vão variar de acordo com cada caso, e devem ser indicados pelo médico dermatologista.

Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/hiperpigmentacao.shtml

Ictiose vulgar


O que é?

Doença de origem genética (genodermatose) que tem como característica principal o ressecamento e a descamação da pele.

Manifestações clínicas

As manifestações costumam aparecer após o nascimento, geralmente no primeiro ano de vida. Pode apresentar-se apenas com ressecamento da pele e descamação fina ou com intensa descamação, formando escamas grandes, de aspecto geométrico.

As áreas mais atingidas são os membros, podendo atingir também face e couro cabeludo. As palmas das mãos e as plantas dos pés podem estar espessadas (hiperceratose), com acentuação dos sulcos. As áreas de dobra de pele (joelhos, cotovelos...) geralmente são poupadas. Pode haver a formação de ceratose folicular (pontos espessados nas aberturas dos folículos pilosos) em algumas regiões.

A doença tende a regredir ou diminuir os sintomas com o passar dos anos.

Tratamento

Por ser uma doença genética, não existe um tratamento que a elimine definitivamente. O objetivo é combater o ressecamento da pele. O frio intenso é prejudicial e deve ser evitado. Os banhos devem ser mornos e deve-se evitar o uso excessivo de sabões. Hidratantes potentes devem ser utilizados logo após o banho, de modo a reter a umidade da pele e a indicação do tipo mais adequado deve ser feita por um médico dermatologista.

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/ictiosevulgar.shtml

Larva migrans ("Bicho Geográfico")

O que é?

A larva migrans, conhecida vulgarmente como bicho geográfico, é uma doença causada por parasitas intestinais do cão e do gato. Ao defecar na terra ou areia, os ovos eliminados nas fezes transformam-se em larvas. Estas, penetram na pele do homem causando a doença.

Manifestações clínicas

Por estar em pele humana, a larva não consegue se aprofundar para atingir o intestino (o que ocorreria no cão e no gato), e caminha sob a pele formando um túnel tortuoso e avermelhado. Mais comum em crianças, as lesões são geralmente acompanhadas de muita coceira. Os locais mais comumente atingidos são os pés e as nádegas. Pode ocorrer como lesão única ou múltiplas lesões. Devido ao ato de coçar é frequente a infecção secundária das lesões.

Tratamento

Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser feito por via oral para os casos mais extensos ou com o uso de medicação tópica nos casos mais brandos. Para prevenir a infecção pela larva migrans deve-se evitar andar descalço em locais frequentados por cães e gatos e cobrir as caixas de areia durante a noite para evitar sua utilização por gatos para defecar. Recolha as fezes de seu cachorro e estimule os outros donos de animais a fazerem o mesmo. Não leve animais para a praia.

FONTE:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/larvamigrans.shtml

Leucodermia gutata ("sarda branca")

O que é?

Lesão causada pelo ação acumulativa da radiação solar sobre áreas de pele expostas ao sol de forma prolongada e repetida ao longo da vida, provocando alterações nos melanócitos (células da pele responsáveis pela pigmentação).

Manifestações clínicas

A leucodermia gutata caracteriza-se por manchas brancas, pequenas, de 1 a 5 mm de tamanho, arredondadas ou poligonais, que atingem os braços e as pernas nas áreas de exposição ao sol.

leucodermia gutata

Tratamento

Consiste no uso de fotoprotetores sempre que se expor a pele ao sol, de modo a evitar mais dano solar à pele e o surgimento de novas lesões.

As lesões podem ser tratadas com o uso da criocirurgia com nitrogênio líquido e dermoabrasão, tratamentos realizados pelo médico dermatologista.

Veja os resultados do tratamento com a criocirurgia.

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/leucod_gutata.shtml

LIPOMA

O que é?

É um acúmulo de tecido gorduroso que surge por baixo da pele (subcutâneo). Os lipomas são tumores benignos, mas podem crescer bastante, causando grande incômodo estético e, até mesmo, físico.

Manifestações clínicas

Os lipomas formam lesões palpáveis, de consistência firme e elástica que fazem relevo na pele. Alguns podem ser bem macios. A pele que os recobre apresenta-se de aspecto normal. Seu tamanho pode variar de meio centímetro a vários centímetros de diâmetro e o crescimento costuma ser lento.

Nas fotos abaixo, observa-se um lipoma em fase inicial e após 2 anos de evolução, notando-se perfeitamente o aumento de tamanho neste período.

Na maioria das vezes são assintomáticos, podendo, em alguns casos, ser dolorosos. Algumas vezes, só são percebidos à palpação, quando sente-se um nódulo (lesão arredondada) localizado em baixo da pele.

Os lipomas podem ser únicos ou múltiplos. A forma múltipla, conhecida como lipomatose, é usualmente familiar e as lesões podem ser dolorosas ao toque. A biópsia de uma destas lesões permite ver tratar-se, em realidade, de um angiolipoma.

Tratamento

O tratamento é usualmente simples, através de uma pequena cirurgia. A retirada cirúrgica é extremamente eficaz e pode ser realizada em consultório na maior parte das vezes. Técnicas cirúrgicas adequadas permitem que mesmo lipomas grandes possam ser removidos através de pequenas incisões. A lipoaspiração também está indicada em alguns casos.

Por vezes, o lipoma se localiza por baixo da fáscia muscular, dentro ou abaixo do músculo, dificultando a remoção deste pela técnica tradicional e impedindo-a pela lipoaspiração.

Lipomas são muito sugestivos clinicamente, porém, outras lesões podem se assemelhar a eles, em especial os cistos. Vale ressaltar que outras lesões subcutâneas podem se parecer com lipomas, inclusive lesões malignas, como sarcomas e metástases cutâneas. O médico dermatologista é o profissional indicado para fazer o correto diagnóstico.

Colaboração: Dr. Flávio Luz - Dermatologista

FONTE:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/lipoma.shtml

Lupus eritematoso

O que é?

O Lupus Eritematoso (LE) é uma doença auto-imune, ou seja, uma alteração do nosso sistema imunológico que passa a produzir anticorpos contra nossas próprias células, provocando inflamação e danificando os nossos órgãos, entre eles, a pele. A causa desse desequilíbrio imunológico é desconhecida.

A doença ocorre com maior frequência em mulheres jovens, sendo os homens pouco afetados. Uma característica importante é a fotossensibilidade. A luz solar pode provocar o surgimento ou agravar as lesões cutâneas, que situam-se principalmente nas áreas da pele expostas ao sol. Outro fator que pode desencadear o surgimento da doença é o estresse emocional intenso.

Manifestações clínicas

Existem formas diferentes da doença. Uma delas afeta somente a pele e é conhecida como LE cutâneo discóide ou LE crônico. Outra forma, mais grave, é o LE sistêmico ou agudo, na qual ocorre o acometimento da pele e de órgãos internos. Uma forma intermediária é o LE subagudo, que apresenta lesões cutâneas mais numerosas e um envolvimento menos grave dos órgãos internos.

Na pele, formam-se lesões planas, de cor avermelhada, rósea ou violácea. Apresentam descamação, pequenos vasos sanguíneos dilatados na superfície e podem ter as bordas mais escuras. As lesões mais antigas podem levar à atrofia cutânea, deixando cicatrizes com perda da cor da pele e dos pêlos.

Situam-se com maior frequência nas regiões da pele expostas à luz solar, principalmente na face. Quando ocupam as regiões malares (maçãs da face) e o nariz, podem adquirir um formato de "asa de borboleta", característico da doença (foto abaixo).

Outras localizações habituais são as orelhas, os lábios e o couro cabeludo, onde podem provocar queda dos cabelos de forma definitiva (alopécia cicatricial). Com menor frequência, ocorrem no tórax (colo ou V do decote), ombros, antebraços e mãos.

No LE sistêmico, além das lesões cutâneas, que estão presentes em 80% dos casos, aparecem, com frequência, febre e dores articulares. Outras alterações, menos frequentes, são anemia, convulsões, inflamação das membranas que envolvem o pulmão e o coração, e distúrbios renais. O acometimento dos rins pode causar danos graves e irreversíveis, com perda definitiva do seu funcionamento.

Para se diagnosticar a doença, é necessário realizar biópsia da pele, exames de sangue e de urina, radiografia de tórax e, eventualmente, outros exames, de acordo com os sintomas apresentados.

Tratamento

O tratamento visa interromper a auto-agressão causada pelos anticorpos, diminuindo a inflamação. Por ser uma doença que pode afetar vários órgãos, algumas vezes é necessário o acompanhamento do paciente por vários especialistas, como dermatologista, reumatologista, nefrologista, hematologista e neurologista.

É importante proteger-se da luz solar, evitando sair ao sol e usando filtros solares com alto fator de proteção. As lesões de pele podem ser tratadas com medicação de uso tópico, sob a forma de cremes, pomadas e loções capilares.

Nos casos com lesões cutâneas mais acentuadas ou com acometimento de órgãos internos, são empregados medicamentos por via oral, para combater a inflamação. Estes remédios podem provocar efeitos colaterais importantes e devem ser rigorosamente acompanhados pelo médico.

Quando os rins estão gravemente afetados ou ocorrem alterações que possam trazer risco de vida, como o acometimento do sistema nervoso central, o tratamento requer hospitalização para uso de medicação via endovenosa.

Colaboração: Dr. Ricardo Barbosa Lima - Dermatologista

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/lupus.shtml

Psoríase

O que é?

A psoríase é uma doença da pele bastante frequente. Atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida.

Sua causa é desconhecida. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos.

Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas.

Manifestações clínicas

Pode apresentar-se de várias maneiras, desde formas mínimas, com pouquíssimas lesões, até a psoríase eritrodérmica, na qual toda a pele está comprometida. A forma mais frequente de apresentação é a psoríase em placas, caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas e descamativas (foto) na pele, bem limitadas e de evolução crônica.


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A psoríase em placas, em geral, se apresenta com poucas lesões mas, em alguns casos, estas podem ser numerosas e atingir grandes áreas do corpo.


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Por serem lesões secas, as escamas da psoríase podem se tornar grossas e esbranquiçadas (foto abaixo) e as localizações mais frequentes são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco.


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É comum ocorrerem fases de melhora e de piora. Quando as placas regridem, costumam deixar área de pele mais clara no local afetado.

Outra característica, chamada de fenômeno de Koebner, caracteriza-se pela formação de lesões lineares em áreas de trauma cutâneo, como arranhões. As lesões de psoríase são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido discreto (coceira).

Apresentações menos comuns são a psoríase ungueal (foto abaixo), com lesões apenas nas unhas, a psoríase pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés e a artrite psoriásica que, mais comum nos dedos das mãos, caracteriza-se por inflamação articular que pode causar até a destruição da articulação.


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Outra forma de apresentação é a psoríase gutata (foto abaixo), com surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), frequentemente associada com infecções de garganta.


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O diagnóstico da psoríase é geralmente clínico, mas pode ser confirmado por uma biópsia, que revelará um quadro bem característico.

Tratamento

O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais brandos até tratamentos mais complexos para os casos mais graves.

A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado. Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar para a melhora. A exposição solar moderada é de grande ajuda e manter a pele bem hidratada também auxilia o tratamento.

Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível se conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o desaparecimento dos sintomas.

Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista

Tratamento da psoríase com biológicos

A psoríase é uma doença inflamatória, não infecciosa, que acomete classicamente a pele e as articulações. As lesões de pele surgem preferencialmente nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região sacra e unhas, mas podem acometer toda a superfície corporal.

As lesões da pele são vermelhas e a descamação é espessa e se solta, causando grande incômodo aos pacientes. Algumas pessoas queixam-se de coceira. As articulações (juntas) podem inflamar devido à artrite, ficando vermelhas, inchadas com dor e calor local. Recentemente tem-se associado a psoríase com alterações do metabolismo como o diabetes e o aumento do colesterol sanguíneo.

psoriase

Existem muitos tratamentos para a psoríase, usados há muitos anos, de uso tópico ou oral, com bons resultados, como os anti-inflamatórios não hormonais, as sulfonas, o metotrexato, a ciclosporina e o acitretin. Como todo medicamento, há risco de efeitos adversos, mas que são previstos e podem ser controlados com acompanhamento médico adequado.

Novo tratamento traz bons resultados

Nos últimos anos, surgiu uma nova categoria de medicamentos para o tratamento da psoríase, com ou sem artrite: os medicamentos biológicos. Tratam-se de anticorpos que reagem com substâncias, células e/ou receptores de células que participam do aparecimento e da manutenção das lesões de psoríase.

Até o momento, eles são de uso injetável (subcutâneo ou intravenoso). O tratamento dura alguns meses, as injeções podem ser de desde duas vezes por semana até de 6 em 6 semanas. A resposta é em geral rápida com desaparecimento da artrite e das lesões de pele.

Indicado para casos graves

Entretanto, precisamos considerar alguns fatores. O tempo livre de doença após a suspensão da droga é variável, isto é, algum tempo depois as lesões podem reaparecer. Além disso, há um grande número de efeitos colaterais, desde reação no momento da infusão até o risco aumentado de tuberculose, que é uma das principais preocupações durante o tratamento.

Os biológicos são medicamentos da alto custo e tem indicação para casos graves de psoríase, com ou sem artrite, que não responderam aos tratamentos convencionais citados acima.

Colaboração: Dra. Flavia de Freire Cassia - Dermatologista

Tratamento da psoríase com laser

Foi aprovado pelo FDA (órgão americano de controle de medicamentos), o uso do Pulsed Dye Laser, para o tratamento da psoríase.

A finalidade do tratamento é a destruição de pequenos vasos sanguíneos que se encontram dilatados e proliferados na pele afetada pela doença, resultando no clareamento das placas de psoríase. A pele normal não é lesada e não ocorrem efeitos colaterais no organismo.

Para realizar o tratamento, as lesões devem ser antigas e estarem afinadas pelo uso de medicação local antes da aplicação do laser, que deve ser calibrado de acordo com o tipo de lesão. A aplicação dura apenas poucos segundos. Deve ocorrer a formação de mancha roxa transitória e pode haver a formação de bolhas e crostas no local, além de ardência e mancha escura temporária.

Os estudos recentes indicam uma média de 5 tratamentos, com intervalos de 4 a 6 semanas, não sendo necessário nenhum outro tratamento posterior ao laser. Desta forma, a duração média da remissão das lesões fica em torno de 15 meses. Um dos estudos obteve um clareamento de 90 a 100% em 43% dos pacientes tratados, sendo que a melhora está relacionada com o número de tratamentos recebidos. Em 26% dos pacientes, o clareamento foi de 70 a 90%.

Os resultados mostram-se promissores, fornecendo mais uma arma no controle da doença.

Fonte: Dermage News (artigo do Dr. Cid Yazigi Sabbag).

FONTE: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/psoriase.shtml

Sardas

O que são?

As sardas são manchas causadas pelo aumento da melanina (pigmento que dá cor à pele) na pele. Existe uma tendência familiar e surgem principalmente nas pessoas de pele clara (fototipo I e II) e ruivas. São causadas pela exposição continuada da pele ao sol e tendem a escurecer mais durante o verão.

Manifestações clínicas

As sardas se localizam principalmente nos locais da pele mais atingidos por queimaduras solares, como a face, ombros e colo. São manchas arredondadas ou geométricas de cor castanho ou marrom.

Tratamento

Evitando-se a exposição solar, as sardas tendem a clarear gradualmente. No entanto, o tratamento acelera o seu clareamento.

O tratamento inclui o uso de protetores solares sempre que houver exposição da pele ao sol ou mormaço e no uso de substâncias despigmentantes associadas a alguns tipos de ácidos. Peelings superficiais podem acelerar o processo. O tratamento deve ser orientado de acordo com cada caso, pelo médico dermatologista.

FONTE:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/sardas.shtml

Vitiligo

O que é?

Doença de causa desconhecida, o vitiligo caracteriza-se pela presença de manchas acrômicas (sem pigmentação) na pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação do pigmento melanina, que dá cor à pele) nos locais afetados.

A causa disto ainda não está clara mas fenômenos auto-imunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, é comum a correlação com alterações ou traumas emocionais que poderiam atuar como fatores de desencadeamento ou agravação da doença.

Manifestações clínicas

As manchas típicas do vitiligo são brancas, com total ausência de pigmento. Têm limites bem definidos e podem apresentar um fino halo de pele mais escura ao seu redor. As lesões não apresentam quaisquer sintomas.

O vitiligo costuma atingir principalmente a face, extremidades dos membros, genitais, cotovelos e joelhos, mas pode chegar a acometer quase toda a pele. Quando atinge áreas pilosas, os pêlos ficam brancos.

O vitiligo tem curso crônico. Não há como prever a evolução da doença, que pode permanecer estável durante anos, voltar a se desenvolver ou regredir espontaneamente. Em um mesmo paciente podem ocorrer simultaneamente a regressão de algumas lesões enquanto outras se desenvolvem.

Uma característica da doença é que ferimentos na pele podem dar origem a novas lesões.

Apesar do vitiligo não causar nenhum prejuízo à saúde física, as alterações estéticas muitas vezes causam distúrbios psicológicos que podem prejudicar o convívio social. O grau de comprometimento emocional pode acabar interferindo negativamente na evolução da doença. Quando necessário, o acompanhamento psicológico dos pacientes em tratamento pode ser fundamental para um bom resultado.

Tratamento

O vitiligo se apresenta de forma e intensidade variada em cada paciente, portanto, o tratamento indicado pelo dermatologista deve ser individualizado, de acordo com cada caso.

Medicamentos que exercem ótimos resultados em alguns pacientes podem não ter efeito algum em outros. Muitas vezes, os resultados parecem estar mais relacionados ao paciente tratado do que ao tratamento em si.

As medicações visam corrigir as alterações imunes responsáveis pelo processo de despigmentação ou estimular os melanócitos presentes nas lesões a produzirem a melanina.

A repigmentação das lesões se dá a partir dos folículos pilosos, formando-se pontilhado pigmentar dentro das manchas. Estes pontos aumentam progressivamente coalescendo para fechar a lesão (foto abaixo).

Nos casos de vitiligo estável (quando não surgem novas lesões e as existentes não aumentam de tamanho), algumas técnicas cirúrgicas promovem a transferência de melanócitos obtidos em áreas de pele saudável para a área afetada. Uma vez incorporados ao tecido estes iniciam a produção de melanina repigmentando a lesão.

O vitiligo é uma doença que tem tratamento, mas este é demorado e exige paciência. No caso das crianças, é importante que os pais tentem se controlar para não transmitir sua ansiedade para elas, fazendo-as pensar que sofrem de uma doença grave, o que só trará dificuldades ao tratamento . É importante lembrar que o vitiligo não traz nenhuma alteração de saúde apesar do grande distúrbio estético.

Veja informações sobre tratamento cirúrgico do vitiligo, tratamento do vitiligo em crianças e como a emoção pode afetar a doença.

FONTE:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/vitiligo.shtml

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